Porto do Lobito mantém exportações congolesas

Mais de dez mil toneladas de minério da República Democrática do Congo (RDC) foram exportadas pelo Porto do Lobito, depois da reabertura da ligação dos Caminhos-de-Ferro Benguela, em Março deste ano, revelou ao Jornal de Angola o presidente do conselho de administração (PCA) da empresa.
Agostinho Felizardo declarou, à margem da abertura da FILDA 2018, que o transporte do minério de jazigos dos países vizinhos é a principal forma de valorizar devidamente os avultados investimentos feitos pelo Estado angolano na reabilitação das infra-estruturas portuárias e do Caminho-de-Ferro de Benguela.
O PCA do Porto do Lobito anunciou que deve chegar pelo menos mais uma composição ferroviária com minérios da RDC e considerou “satisfatório” o ritmo da utilização do corredor do Lobito, já que se trata de uma primeira tentativa do seu restabelecimento, depois de ter permanecido inactivo durante 34 anos.
O ritmo dos carregamentos, disse Agostinho Felizardo, reflecte a confiança dos actuais operadores na capacidade das infra-estruturas do Porto do Lobito e do CFB.
No primeiro trimestre deste ano, o porto movimentou cerca 520 mil toneladas de mercadorias, ou seja 12 por cento a mais em relação ao período homólogo do ano anterior, com o registo de 420 mil toneladas, segundo Agostinho Felizardo, o sublinhou que a exploração da capacidade instalada no porto ainda é inferior a 40 por cento.

O Porto do Lobito, afirmou que está a participar 34ª FILDA, assinala a confiança da companhia no programa de económica de Angola, o qual tem na empresa portuária “uma resposta à altura dos desafios que se colocam à diversificação da produção nacional”.
“O Porto do Lobito – que está entre as maiores empresas do país – actua num segmento de negócio estratégico e está localizado numa zona também estratégica e que tem um papel importante no processo de diversificação económica”, disse.
Acrescentou que o porto vai continuar a disponibilizar aos operadores económicos nacionais e estrangeiros as mesmas oportunidades para a utilização das suas modernas infra-estruturas na importação e exportação de produtos.
A participação na exposição serve, também, para refazer a imagem “não muito boa” no que diz respeito a alguma instabilidade no ambiente interno do Porto do Lobito, como a crise económica que levou a uma significativa redução das receitas e seus reflexos no funcionamento geral da empresa.

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